quarta-feira, 18 de março de 2009

Comentário crítico sobre o filme: O Terminal

O filme O Terminal retrata a situação vivida por Viktor Navorski, um cidadão da Europa Ocidental,que viaja para Nova York.Enquanto viajava seu país, a Krakozhia, sofre um golpe de Estado, o que leva seu passaporte a ser invalidado. Assim, ao chegar ao aeroporto, Viktor não consegue autorização para entrar nos Estados Unidos, nem poderia retornar a seu país, pois as fronteiras foram fechadas após o golpe. No aeroporto dos Estados Unidos, ele é retido pelo Departamento de Segurança onde há uma tentativa de comunicação com o Sr. Frank Dixon, diretor do aeroporto. Tentativa frustrada, pois Viktor não dominava o código lingüístico, ou seja, o idioma inglês, demora a entender que seu país sofreu um golpe político, que não mais existia, inclusive sua moeda não tinha mais valor. O que leva o diretor a dar a ele vale-refeição que acabam no lixo. A comunicação era falha não havia interação nem mesmo quando o Dixon usa o símbolo da maçã.
O Terminal retrata a dificuldade ocorrida no processo de comunicação quando o emissor e receptor não partilham do mesmo código lingüístico. O filme apresenta exemplos de linguagem verbal e não-verbal, como gestos, cores, desenhos, mímicas, sinais luminosos e sonoros. Victor Navorski tinha em poder um guia para viagem, que o limitava a dizer frases prontas como: pedir táxi, relatar o endereço do hotel onde ficaria hospedado, o roteiro turístico a fazer, que podiam ficar com o troco, entre outras, não estando preparado para lidar com outras situações. Já o diretor, que deseja só se livrar do problema passá-lo a diante, para não dificultar o andamento da rotina do aeroporto, e assim atingir a sua tão sonhada promoção. Este tenta usar de mímicas, gestos, representações, mas ao mesmo tempo em que atende o estrangeiro, também se alimenta.
O Sr. Viktor é obrigado a viver no aeroporto por meses, até que encontrem uma solução para seu problema, ou seja, o visto para entrar nos Estados Unidos. Enquanto aguarda, lhe fornecem vale-refeição, cartão-telefônico, um crachá e um bip pelo qual seria chamado a presença do diretor. Ele se vê isolado do mundo, pois em meio de milhares de pessoas, não consegue interagir com ninguém. Só percebe o que aconteceu com seu país, quando ouve o hino da Krakozhia, pela televisão, mas não consegue ler a legenda, assim, adquire dois livros iguais em línguas diferentes e por processo de comparação apropria-se de várias palavras, conseguindo entender como também ser melhor entendido.
Outro fato importante aconteceu quando Viktor foi estimulado pelo diretor a sair do aeroporto, e ele notou pela sonorização da câmara que estava sendo observado, assim o barulho sonoro o impede de sair. O aeroporto é extremamente bem sinalizado, possui símbolos e nomes dos itens como telefone, escadas rolantes, banheiros. Mas mesmo assim por falta de atenção Viktor entrou em banheiro feminino. Muito comumente, observa-se que utilizavam cores para possibilitar o processo de comunicação, sendo que, cada formulário usado tinha uma cor, conforme o objetivo da solicitação, os selos além da impressão autorizado e não autorizado, tinham a representação nas cores verde e vermelho, as faixas no chão usavam as cores amarelo, azul e verde, cada cor com sua respectiva finalidade. Viktor demonstra muita humanidade com os conhecidos do aeroporto fazendo-se respeitar e sendo amado por eles.
Há uma cena na qual um passageiro é retido com medicamentos, esse perde o controle e ameaça vários funcionários do aeroporto. Nesse momento Viktor é chamando a intermediar o conflito, pois só ele dominava o código utilizado pelo passageiro, e ele obtém sucesso na tradução e na solução do conflito. O filme chama atenção para a dificuldade das pessoas em prestar atenção às sinalizações; como numa cena onde continha uma boa sinalização mostrando o perigo para o risco de andar no piso molhado, entretanto alguém desatento sempre caía, pois o aviso era ignorado. Com o fim da guerra na Krakozhia Viktor Navorski conseguiu sair do terminal e alcançar seu objetivo: ter um autógrafo de um renomado músico de Jazz para cumprir uma promessa feita a seu pai.